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Auto-avaliação

          Segundo à teoria “O bom leitor” (SALOMON, 1977, 45-46), um bom leitor lê muito, sobre diversos temas; sabe 'estudar' um livro, sabe se deve ou não lê-lo. Segundo os itens da teoria d'O bom leitor, haveria de ser eu uma leitora média. Afinal, existem pontos aos quais me encaixo, e pontos que nem adianta tentar encaixar.           Um bom leitor lê rapidamente e entende o que lê, além de saber quando se deve ler devagar, para uma melhor compreensão do assunto tratado. Um bom leitor lê bastante; gosta de ler. Sou eu então uma boa leitora.           Mas um bom leitor lê de temas variados, possui bom vocabulário e usa o dicionário. E coisa chata é essa de usar dicionário, penso eu. Sou portanto uma leitora ruim.           Acho mesmo a minha ideia inicial: haverei de ser uma leitora média. Eu leio; leio o que gosto, e de quando em vez o que desgosto também. Leio muito, e quase tudo - mas não venha tentar enfiar um livro de auto-ajuda em minha estante, tenho esse preconce

Umas ideias desconexas. Ela pensa demais.

Ela se faz de forte, sei lá pra quê. Sei lá por quem. Deve ser só pra ver se ela acaba caindo nessa de que tem força mesmo. Dizem né. Dizem tanto. TANTO! E só dizem mesmo... sabe o que é isso? Tem dias de pura alegria. Mas tem aqueles que a leva a crer que tudo vai dar em nada, e que os lugares estão trocados. Ai como é complicado isso de 'vida' - pensou ela. Pensa muito, ela.  Tanto que de quando em vez nem mesmo consegue acompanhar os próprios pensamentos. E se confunde, e desconfunde. Diz que na verdade complicado mesmo é esse povo que tem mania, e que mania, de ver de fora.  Esse povo esquece, ou nem sabe, que é tão, TÃO mais simples quando você decide entrar, tomar um café, uma xícara de chá. Ver de perto, por dentro. Parar e olhar. Tão mais simples quando decide sentar um pouquinho, bater um papo. Tudo de dentro. Sem essa de papo na porta. É tudo de dentro. Por dentro. Se esse povo, sabe? Esse povo tirasse uns minutinhos prum bom e velho cafezinho

A angústia e o nada

A angústia é o caráter típico e próprio da vida. A vida é angustiosa. E por que é angustiosa a vida? A angústia da vida tem duas facetas. De um lado, é necessidade de viver, é afã de viver, é anseio de ser, de continuar sendo, para que o futuro seja presente. Mas, de outro lado, esse anseio de ser leva dentro o temor de não ser, o temor de deixar de ser, o temor do nada. Por isso, a vida é, de um lado, anseio de ser e, de outro lado, temor do nada. Essa é a angústia. Pois o nada amedronta o homem. MORENTE. Manuel García, Fundamentos de filosofia. - Um amigo mandou isso pra mim, porque ele sabia que era tudo que eu precisava ouvir (no caso, ler). E eu quero muito que ele saiba que ele é o melhor amigo!

Amores acabam e começam

Será que são palavras mesmas? O mesmo olhar? O mesmo ritmo do coração acelerado, a mesma falta de ar? Será que são pensamentos mesmos? O mesmo sorrir? O mesmo abraço, o mesmo amor? Será que foi? Será que é? Talvez não seja. Provavelmente não foi também. Talvez seja o mesmo engano. Porque afinal, você é 'feito de erros, feito de errar', não? Errando de novo? Mais uma, e outra vez, e outra. 'As outras não servem pra nada agora, só pra te deixar com ciúme.' Eu sou isso também? Uma outra pra deixar a de agora enciumada? Uma outra que antes era tudo e subtamente se tornou nada? Sem aviso, sem chance, sem conversa. Eu esperei. Acabou agora. Não é dor, nem choro.  Decepção talvez. Sentimento sem nome. Eu quis sentir raiva, mas o meu amor não deixou. Agora eu vejo mais claro.  Não é raiva nem saudade, é só medo.  Medo por você. Medo pela sua capacidade enorme de amar, e se enganar. Medo por suas palavras, que nem sempre possuem razão.  Medo pela sua falta de r

amar, em todos os níveis, é divino

'Eu não sei dizer se encontrei o meu anjo. Anjos não se revelam, não se deixam ser descobertos. Mas algo dentro de mim sinaliza a presença de um alguém iluminado. Isso me faz crer que o meu anjo existe. Esse alguém está por perto todos os dias, me transmite luz, me transmite paz, recarrega as minhas energias. Sinto que sem essa força, a minha jornada se tornaria bastante árdua. Eu não sei se devo agradecer. Provavelmente não. Não há porque agradecer algo que é transmitido em forma de amor. Dado sem compromisso, sem pedir algo em troca. Isso me faz tão bem, purifica o meu ar, ilumina os meus dias. Esse anjo não tem asas, não tem poderes. Esse anjo tem defeitos, ele não é perfeito. Mas é o MEU anjo. E ele tem o meu amor à sua disposição, tem a minha vida, se for preciso, em suas mãos. Meu bebê, quero que você seja muito feliz! Eu te amo!' Por: Lea Monteiro

Fim de Festa

Agora que todos se foram e que não há mais ninguém para te ouvir, senta-te. E te recolhe à translúcida certeza de teu nada. Estás só, definitivamente só. Que rolem livres as lágrimas. - Telmo Padilha

A mesma vontade

E por mais que eu tente, ainda não consigo. É quando eu percebo como sou fraca. Continuo a mesma, com sentimentos mesmos, com palavras mesmas. A mesma vontade. Continuo a escrever você. Os mesmos sonhos, dos quais o despertar é acompanhado dessa falta. Essa saudade. Você continua roubando meu ar. Quando a gente brincava... Quando você falava. Seu rosto tão perto do meu quanto possível. Te escrevo agora no passado. Um nó na garganta. Passado. Quando você me abraçava! - 02/02/11

Cada dia passado é uma batalha

Viver é mesmo uma verdadeira guerra. Tem que ser esperto, ter estratégia, sangue frio. Tem que ter cabeça e cuidar bem dela pra não ser decapitado. Cada dia é uma batalha. Tem os que perdem e os que ganham. Tem os que desistem, que param. Os que persistem, que avançam. Cada dia, batalhas. E a gente luta. Luta pra respirar, por um pouco que seja de ar. Luta por princípios, pra alcançar objetivos, realizar sonhos. Luta. Pra convencer, pra aparecer, pra se destacar, pra libertar. Pra se libertar. Pra ter, pra dar, pra ajudar. Luta pra continuar. Pra poder acordar no dia seguinte e lutar. Luta pra continuar lutando. Mais um dia, batalhas.

Chovia.

Parou e olhou pro céu. Era fim de tarde e chovia. Não teve um bom dia. Acordara angustiada, com a irritação e impaciência de quem não aguenta mais as mesmas perguntas sendo repetidas, e repetidas, e repeditas. Reparou nas nuvens e nas cores. Tinha uma admiração secreta por elas, as nuvens. E chovia! Aquele barulho bom de chuva era quase um calmante. Pensou em como tinha agido de forma grosseira com quem não merecia, enquanto dizia mentalmente que qualquer um seria grosso ou ficaria irritado com essas perguntas constantes - tentava não sentir culpa. Havia muito cansara da superficialidade. Fora por um longo tempo só razão, até experimentar a pura emoção. Estava numa tentativa de equilíbrio agora. Andava sentindo falta, mas cansou dessa saudade. O dia tinha sido ruim, mas sabia que precisava por um fim. Pensou em tudo, reviveu lembranças e as jogou na chuva. Era o seu ponto final. E chovia ...