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Mostrando postagens de setembro, 2014
Sabe fazer barcos de papel mas nunca lembra como se faz um coração. Talvez isso diga muito sobre ela ou (muito provavelmente) não signifique nada. Ela sempre esquece as palavras quando mais precisa e vira essa bagunça. Um emaranhado de coisas de sentimentos, de órgãos, de vida de falta. Um amontoado de tudo em volta de um buraco; vive se equilibrando, balanceando, pisando com cuidado pra não deixar cair tudo de dentro no vazio. Tem horror a bagunça lidar com seu próprio interior já é confuso demais. A verdade é que ela não tem poder sobre nada; essa coisa de não sentir, de sentir pouco, de sentir muito sentir tanto, tudo, até acabar (porque sempre acaba) é inevitável. É sem escolha. É sem querer. Ela gosta demais, até não gostar mais. Só espera que alguém entenda...